Journal or Publishing Institution: Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável
Author(s): Guerra, M.P. and Nodari, R.O.
Article Type: Report
Record ID: 876
Abstract: A inserção das modernas biotecnologias na agricultura mundial vem promovendo um animado debate mundial sobre oportunidade, impactos e implicações da sua tecnologia mais polêmica; a que envolve as plantas transgênicas. No Brasil, o cultivo comercial dos chamados transgênicos encontra-se suspenso por decisão judicial. A análise de impactos, benefícios e riscos das plantas transgênicas deve ser baseada em uma matriz que considera os aspectos de saúde e se gurança alimentar, ecológicos, econômicos e sociais, cuja complexidade aumenta proporcionalmente à escala envolvida. A análise caso a caso e passo a passo deve ser a balizadora destes estudos. No presente artigo, são apresentadas e discutidas estas questões, com ênfase àquelas associadas aos impactos ambientais. Esta ênfase é justificada pelo somatório recente e crescente de evidências de que pouco ainda sabemos sobre estes riscos e impactos, e que, portanto, é necessário que se invista mais na pesquisa sobre estes impactos e riscos, proporcionalmente aos estudos de performance agronômica, muitos deles travestidos de estudos de biossegurança. As incertezas nesta área devem encontrar guarida no princípio da precaução, cujo postulado principal nos lembra que a falta de evidências científicas não deve ser usada como razão para postergar a tomada de medidas preventivas, ou que, a ausência de evidência não pode ser tomada como evidência da ausência. Não se pautar por este princípio significa aceitar sua outra face, o princípio da familiaridade que gerou, entre outros, os danos ambientais e de saúde causados pelos pesticidas e a doença da vaca louca.
Keywords: precautionary principle, Brazil, transgenic plants, environmental impacts
Citation: Guerra, M.P. and Nodari, R.O., 2001. Impactos ambientais das plantas transgências: as evidências e as incertezas. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, 3(3).